domingo, 17 de junho de 2012

Madeira: Um jardim no Atlântico

A Ilha da Madeira, foi descoberta em 1419 pelos navegadores portugueses João Gonçalves Zarco e  Tristão Vaz Teixeira que tendo observado uma espécie de nevoeiro, que constantemente se lhes oferecia no mar, e sempre no mesmo sítio e direcção, suspeitaram o que poderia ser, e dirigindo-se para aquela parte, descobriram a Ilha da Madeira, a que deram este nome pelo alto e vasto arvoredo, de que a acharam coberta (Índice chronológico das navegações, viagens, descobrimentos e conquistas dos portugueses, 1841). No entanto as ilhas da Madeira e de Porto Santo já seriam conhecidas antes dos portugueses lá chegarem. Na obra de um frade mendicante espanhol intitulada Libro del Conoscimiento datado de 1348-1349, as ilhas do Arquipélago da Madeira são referidas pelo nome de Leiname, Diserta e Puerto Santo. Território de uma deslumbrante beleza natural com um clima ameno de poucas variações térmicas ao longo de todo o ano, tornou-se num ponto de grande atracção turística. Ilustres personagens da história passaram por estas ilhas entre as quais se destacam: a Imperatriz Leopoldina da Áustria, futura mulher de D.Pedro, Imperador do Brasil em 1817; a Imperatriz Austro-Hungara Elizabeth, mais conhecida por Sissi, que se tornou visita assídua destas ilhas; a rainha Adelaide de Inglaterra em 1847; Imperador Carlos da Aústria, que aqui acabou por falecer em 1922; Whinston Churchil em 1950. Este jardim plantado no meio do vasto oceano Atlântico tem servido de inspiração para poetas e escritores ao longo dos séculos. O grande Luís de Camões faz-lhe referência no Canto V dos Lusíadas:

Passamos a grande Ilha da Madeira,
Que do muito arvoredo assim se chama;
Das que nós povoamos a primeira,
Mais célebre por nome do que por fama.
Mas nem por ser do mundo a derradeira,
Se lhe avantajam quantas Vénus ama;
Antes, sendo esta sua, se esquecera,
De Cypro, Guido, Paphos e Cythera.

Actualmente o Arquipélago da Madeira é conhecido internacionalmente pelo seu famoso vinho, o Vinho da Madeira, o seu Carnaval e a famosa Festa da Flores, que se realiza todos os anos na primavera, tendo-se tornado num concorrido destino turístico. Relembrando tempos idos, este pequeno filme  produzido pelo americano James Fitz Patrick, datado de  1931, mostra-nos uma solarenga e paradisíaca ilha que apesar de ter sofrido alguma alterações típicas do passar do tempo, mantém intocável a sua beleza e hospitalidade tão característica do povo português.





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